Tchau, sacola plástica; olá, sacola de pano!

Cerca de 1,5 milhão de sacolinhas plásticas são distribuídas, por hora, no Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente. No mundo, esse número chega a 1 trilhão por ano. Para sua produção, são empregados petróleo ou gás natural, água e energia elétrica. Estima-se que uma sacola plástica convencional leva até 400 anos para se degradar. Já a versão biodegradável, precisa de leva oito meses. Mas, enquanto isso, elas ficam circulando por aí.

plastic bag

Ainda não se convenceu a trocar a versão descartável por opções retornáveis? Então saiba que o principal componente responsável pela poluição nos oceanos é o plástico. Mesmo as sacolinhas que seguem para aterros sanitários causam impactos ambientais seríssimos. Como retém água, o plástico impermeabiliza o solo e atrapalha a biodegração de resíduos orgânicos. Durante o processo de decomposição, ocorre a liberação de gás metano, que é vinte e uma vezes mais nocivo que o gás carbônico. Nos aterros sanitários, o lixo é compactado constantemente para que – claro! – caiba mais. Então as camadas impermeáveis de plástico que se formam, aumentam a quantidade de bolsões que acumulam o gás metano. E quando revolvidos, liberam esse gás para a atmosfera.

Dentro das sacolinhas não é diferente! O lixo orgânico doméstico sufocado pelo plástico apodrece em vez de se biodegradar. Quando o envólucro se rompe, o metano também se espalha no ar.

Que tal, além de recusar sacolinhas plásticas, pensar em fazer compostagem dos resíduos orgânicos. Já falei sobre esse assunto antes, viu? Caso ainda não tenha lido o post sobre compostagem doméstica, por favor, clique aqui.

Só comecei a fazer compostagem em casa em 2016, mas ainda em 2009, quando nem se falava em zero waste (desperdício zero, em português), eu descartei as sacolinhas de plástico da minha vida. Lembro que sempre sobrava mais sacolinhas do que eu precisava. Além disso, nessa época, por causa do meu trabalho, tinha que visitar o aterro sanitário de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza (CE), pelo menos uma vez por mês e havia muita, mais muita, sacolinha plástica por lá. Boa parte estava enterrada, mas também tinham aquelas que voavam ao sabor dos ventos… E lá venta bastante!!!

Ainda guardo e uso a primeira sacola de pano que ganhei oito anos atrás, mas as versões de plástico, infelizmente, continuam poluindo o meio ambiente.

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E aí, que tal reduzir a quantidade de sacolinhas plásticas no dia a dia e trocá-las por opções reutilizáveis?

 

Autor: Daniel Navarro Sonim

Daniel Navarro Sonim é jornalista e tenta levar uma vida mais sustentável e saudável com menos lixo e sem desperdício. danielnavarro@ig.com.br

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